quarta-feira, julho 28, 2010
Luis Amado e Adriano Moreira
Ambos manifestaram a mesma opinião: nesta globalização é necessário olhar lá para fora, não olhar para o umbigo, discutir o mundo em vez de discutir a paróquia.
quarta-feira, julho 21, 2010
À atenção do Eng.º Belmiro de Azevedo (ou, a criatividade portuguesa que se dispensava)
O condutor do taxi que hoje apanhei, ensinou-me um truque para ter sempre uma bateria nova no automóvel :
- Comprar a bateria no "Continente"
- Escolher daquelas que se podem abrir e acrescentar ácido
- Tomar nota da data em que termina a garantia
- Um mês antes da garantia expirar, abrir a bateria, retirar o líquido de um dos elementos, ligar o carro e esperar que a bateria se danifique.
- Voltar a repor o ácido no elemento danificado
- Ir ao "Continente" - (não percebem nada de baterias, por isso nunca desconfiam) e exigir uma bateria nova (daquelas que se abrem) com garantia de mais dois anos.
segunda-feira, julho 19, 2010
Até pessoas razoáveis raciocinam pela cabeça dos outros
O processo Kafkiano contra a CERTIEL promovido pelo secretário de Estado Junqueiro deixou-me profundamente desiludido com a forma como a politica portuguesa é conduzida.
Os argumentos falsos fizeram o seu caminho junto de muitos. Para a verdade vir sempre acima, era preciso que as pessoas pensassem pela sua cabeça e não adoptassem acriticamente a teoria oficial do partido. E verificar isto custa quando se passa no partido em que votámos.
Os argumentos falsos fizeram o seu caminho junto de muitos. Para a verdade vir sempre acima, era preciso que as pessoas pensassem pela sua cabeça e não adoptassem acriticamente a teoria oficial do partido. E verificar isto custa quando se passa no partido em que votámos.
terça-feira, julho 13, 2010
Ao cuidado de Medina Carreira
NOTA: Esta mensagem foi reeditada. Alguns amigos, que fizeram o favor de a comentar, fizeram-me ver que o original não estava suficientemente claro.
Medina Carreira, conhecido pessimista profissional, fustiga-nos sistematicamente com as suas crenças, que, na maioria das vezes têm 20% de verdade, 20% de exagero, para reforço legitimo da mensagem e 60% de generalização ilegítima.
Um dos seus cavalos de batalha é o da educação. Para ele, a Escola de hoje produz ignorantes em massa.
E eu contesto!
A "quantidade" de conhecimentos que a generalidade da população hoje é detentora, é de longe muito superior, àquela de há 50 anos atrás:
1 - Conhecimentos escolares:
Se me apresentam casos pontuais, também eu rebato com casos pontuais: um engenheiro dos "meus tempos" simplificou uma fracção da seguinte forma, "cortando" o x em cima e em baixo:
(3+x) /x = 3
quando lhe chamei a atenção para o disparate, olhou para mim espantado: "Eh pá! Ainda te lembras disso?!!)
2 - Conhecimentos adquiridos fora da Escola
A evolução do modo de vida também transmite conhecimento.
De uma população fundamentalmente rural, passámos para uma população urbana. Na minha juventude, na quinta para onde eu ia de férias havia trabalhadores que nunca tinham visto o mar, e estavam apenas a 150 km.
Quem conduzia um burro e carroça, passou para o carro comprado a prestações.
Quem morava na casa de terra batida, passou a morar num T3 em Massamá.
Quem andava de pé descalço a cavar a terra, passou a andar calçado na Foreva e a trabalhar com um telefone e um computador à frente.
Quem ouvia o relato do Benfica na Emissora Nacional, passou a vê-lo na SportTV.
Quem nunca passava férias, hoje vai para Punta Cana.
Toda esta nova vivência forma conhecimento e traz novas perspectivas às pessoas.
Querem mais? Resolvi fazer um pequeno teste e comparar as competências do meu filho de 12 anos com as minhas na mesma idade.
De início as coisas estavam a meu favor: eu sabia os rios e as serras, as linhas de caminho de ferro, coisas que ele desconhecia completamente.
Mas, depois as coisas pioraram: Vejam o que ele sabe que eu não sabia:
1-escrever e falar razoavelmente inglês,
2-escrever um texto em word e fazer uma apresentação simples em powerpoint
3-retirar dinheiro de uma máquina multibanco;
4-pôr um vídeo no youtube
5-enviar sms para os amigos
6-ir ao menu "ferramentas" e clicar "Limpeza do Disco"
7-consultar a wikipedia
8-jogar o farmville
Já me fiz entender?
Hoje há uma quantidade de informação na cabeça dos portugueses incomparavelmente superior àquela que existia há 50 anos. Apesar da "alegada" degradação do ensino.
Medina Carreira, conhecido pessimista profissional, fustiga-nos sistematicamente com as suas crenças, que, na maioria das vezes têm 20% de verdade, 20% de exagero, para reforço legitimo da mensagem e 60% de generalização ilegítima.
Um dos seus cavalos de batalha é o da educação. Para ele, a Escola de hoje produz ignorantes em massa.
E eu contesto!
A "quantidade" de conhecimentos que a generalidade da população hoje é detentora, é de longe muito superior, àquela de há 50 anos atrás:
1 - Conhecimentos escolares:
- o ensino obrigatório passou da quarta classe para o 9º ano;
- o número de alunos inscritos aumentou de 30 000 nos anos 60 para cerca de 400 000.
- a taxa de escolarização aos 18 anos passou de 45% em 1991 para 62% em 2001 e a percentagem da população com nível de instrução médio e superior evoluiu no mesmo período de 6,3% para 10%.
- a população entre os 18 e os 24 anos que não se encontra a frequentar qualquer grau de ensino registou uma evolução de 1991 para 2001 de 64% para 45%.
- o número de doutorados triplicou nos últimos 10 anos.
Se me apresentam casos pontuais, também eu rebato com casos pontuais: um engenheiro dos "meus tempos" simplificou uma fracção da seguinte forma, "cortando" o x em cima e em baixo:
(3+x) /x = 3
quando lhe chamei a atenção para o disparate, olhou para mim espantado: "Eh pá! Ainda te lembras disso?!!)
2 - Conhecimentos adquiridos fora da Escola
A evolução do modo de vida também transmite conhecimento.
De uma população fundamentalmente rural, passámos para uma população urbana. Na minha juventude, na quinta para onde eu ia de férias havia trabalhadores que nunca tinham visto o mar, e estavam apenas a 150 km.
Quem conduzia um burro e carroça, passou para o carro comprado a prestações.
Quem morava na casa de terra batida, passou a morar num T3 em Massamá.
Quem andava de pé descalço a cavar a terra, passou a andar calçado na Foreva e a trabalhar com um telefone e um computador à frente.
Quem ouvia o relato do Benfica na Emissora Nacional, passou a vê-lo na SportTV.
Quem nunca passava férias, hoje vai para Punta Cana.
Toda esta nova vivência forma conhecimento e traz novas perspectivas às pessoas.
Querem mais? Resolvi fazer um pequeno teste e comparar as competências do meu filho de 12 anos com as minhas na mesma idade.
De início as coisas estavam a meu favor: eu sabia os rios e as serras, as linhas de caminho de ferro, coisas que ele desconhecia completamente.
Mas, depois as coisas pioraram: Vejam o que ele sabe que eu não sabia:
1-escrever e falar razoavelmente inglês,
2-escrever um texto em word e fazer uma apresentação simples em powerpoint
3-retirar dinheiro de uma máquina multibanco;
4-pôr um vídeo no youtube
5-enviar sms para os amigos
6-ir ao menu "ferramentas" e clicar "Limpeza do Disco"
7-consultar a wikipedia
8-jogar o farmville
Já me fiz entender?
Hoje há uma quantidade de informação na cabeça dos portugueses incomparavelmente superior àquela que existia há 50 anos. Apesar da "alegada" degradação do ensino.
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Medina Carreira,
Plano Inclinado
Jornalismo pimba (3)
De manhã, nas televisões os jornalistas estão chocados porque Teixeira do Santos desvalorizou o facto de a agência Moody´s ter baixado o rating de Portugal. Provavelmente esperavam que ele dissesse: "a situação é gravíssima!a economia está a piorar a olhos vistos!"
Será muito difícil de compreender que um governante - seja ele qual for - deve procurar por todos os meios inspirar confiança? Será muito difícil de compreender que a atitude inversa seria irresponsável?
Será muito difícil de compreender que um governante - seja ele qual for - deve procurar por todos os meios inspirar confiança? Será muito difícil de compreender que a atitude inversa seria irresponsável?
O dia em que perdi o respeito a António Costa
Há duas semanas atrás, na "Quadratura do Círculo", António Costa a despropósito fala sobre o que não sabe,(sistema de certificação das instalações eléctricas) debitando um discurso (obviamente encomendado)cheio de inverdades(continuo no meu esforço de ser sensato e polido!.
Se bem me recordo, já uma vez tinha ficado desgostoso com o senhor:numa sessão na Assembleia da República atacou Ferreira Leite de forma teatral e despropositada,longe daquilo que entendo dever ser a postura de um deputado da nação. Na altura não gostei, mas votei nele para a Câmara de Lisboa. Mas aquilo que eu pensava ser apenas um dia mau e sem jeito, repetiu-se agora.
Já todos sabíamos que é difícil ganhar o respeito das pessoas, mas é muito fácil perdê-lo.
Se bem me recordo, já uma vez tinha ficado desgostoso com o senhor:numa sessão na Assembleia da República atacou Ferreira Leite de forma teatral e despropositada,longe daquilo que entendo dever ser a postura de um deputado da nação. Na altura não gostei, mas votei nele para a Câmara de Lisboa. Mas aquilo que eu pensava ser apenas um dia mau e sem jeito, repetiu-se agora.
Já todos sabíamos que é difícil ganhar o respeito das pessoas, mas é muito fácil perdê-lo.
terça-feira, junho 15, 2010
Jornalismo Pimba (2)
O país real que produz e exporta está-se nas tintas para o Plano de Estabilidade e Crescimento, mas está deveras preocupado com o esforço do governo de Angela Merkel para reduzir o défice nas contas públicas, reduzindo o orçamento federal em 80 mil milhões de euros.
Os pequenos empresários dinâmicos já perceberam quais os factores determinantes da sobrevivência das suas empresas.
O jornalismo "pimba" continua a entreter-se com as minudências do costume!
Os pequenos empresários dinâmicos já perceberam quais os factores determinantes da sobrevivência das suas empresas.
O jornalismo "pimba" continua a entreter-se com as minudências do costume!
domingo, junho 13, 2010
Jornalismo Pimba (1)
O Presidente aconselhou os portugueses a fazerem férias em Portugal. O Ministro da Economia resolve comentar e diz esperar que as palavras do Presidente não sejam ouvidas fora de Portugal porque nós precisamos que os estrangeiros nos visitem.
A jornalista confronta o Presidente com a contradição (?) entre as duas afirmações
Cavaco, com aquele doutoral que costuma pôr quando debita banalidades, insiste: “Eu sei do que falo! Eu conheço os números! Idas ao estrangeiro são importações!”
Em primeiro lugar, confesso não vislumbrar qualquer contradição entre as palavras de um e de outro. Até porque Vieira da Silva acrescentou que graças ao programa faça férias cá dentro, no último ano o turismo interno tinha crescido.
Em segundo lugar, não percebo porque carga de água todos os membros do governo têm que estar de acordo com as palavras do Sr. Presidente. Sempre ouvi dizer que em trabalho de grupo a unanimidade deve ser evitada e que, se duas pessoas têm sempre a mesma opinião, uma delas está a mais!
A cena é repetida hoje no Expresso: Escandaliza-se Costa por Cavaco ter dito que a situação do País é insustentável e Sócrates dizer que a situação é difícil. Francamente não vislumbro a gravidade da contradição.
Este empolamento da coisa miudinha, dá-me cabo dos nervos!
É um Jornalismo de trazer por casa, é um jornalismo pimba para as massas consumirem sem necessitarem de puxar muito pelos neurónios, é um jornalismo de areia para os olhos.
A jornalista confronta o Presidente com a contradição (?) entre as duas afirmações
Cavaco, com aquele doutoral que costuma pôr quando debita banalidades, insiste: “Eu sei do que falo! Eu conheço os números! Idas ao estrangeiro são importações!”
Em primeiro lugar, confesso não vislumbrar qualquer contradição entre as palavras de um e de outro. Até porque Vieira da Silva acrescentou que graças ao programa faça férias cá dentro, no último ano o turismo interno tinha crescido.
Em segundo lugar, não percebo porque carga de água todos os membros do governo têm que estar de acordo com as palavras do Sr. Presidente. Sempre ouvi dizer que em trabalho de grupo a unanimidade deve ser evitada e que, se duas pessoas têm sempre a mesma opinião, uma delas está a mais!
A cena é repetida hoje no Expresso: Escandaliza-se Costa por Cavaco ter dito que a situação do País é insustentável e Sócrates dizer que a situação é difícil. Francamente não vislumbro a gravidade da contradição.
Este empolamento da coisa miudinha, dá-me cabo dos nervos!
É um Jornalismo de trazer por casa, é um jornalismo pimba para as massas consumirem sem necessitarem de puxar muito pelos neurónios, é um jornalismo de areia para os olhos.
quarta-feira, junho 09, 2010
Estou de regresso
Estive ausente!
Não escrevo há 6 meses neste blogg porque me sentia desmotivado com o país.
Farto de toda a oposição, por me quer fazer entender que são capazes de fazer melhor que Sócrates;
Farto de Sócrates, por ter aquele ar de vendedor de automóveis;
Farto dos jornalistas por me mostrarem detalhes sem importância como se fossem catástrofes;
Farto de ouvir Medina Carreira e os seus dois gráficos, Pacheco Pereira e as suas insinuações pouco honestas, Mário Crespo e a sua falta de nível empacotada em ar de grande senhor;
Farto de Cavaco Silva por não ser capaz de dar uma para a caixa;
Farto de vários ministros e vários secretários de estado, que não sabem do que falam, mas não se ralam nada com isso;
Farto do Bloco de Esquerda por se ter esquecido que a revolução inscrita no seu DNA se faz com armas na mão; ou, em alternativa, por querer convencer o eleitorado que nunca quiz que a revolução armada se fizesse;
Farto do Partido Comunista por ainda sonhar com a economia planificada;
Farto da Intersindical por nos querer convencer que este rectângulo junto ao mar pode ter políticas de apoio aos trabalhadores diferentes de todo o mundo; ou, farto da ingenuidade da mesma se esta acredita verdadeiramente que a economia não está globalizada;
Farto de todos aqueles que sonham com um D.Sebastião que nos resolva todos os problemas;
E farto de muitos outros, mas já estou farto de escrever...
Não escrevo há 6 meses neste blogg porque me sentia desmotivado com o país.
Farto de toda a oposição, por me quer fazer entender que são capazes de fazer melhor que Sócrates;
Farto de Sócrates, por ter aquele ar de vendedor de automóveis;
Farto dos jornalistas por me mostrarem detalhes sem importância como se fossem catástrofes;
Farto de ouvir Medina Carreira e os seus dois gráficos, Pacheco Pereira e as suas insinuações pouco honestas, Mário Crespo e a sua falta de nível empacotada em ar de grande senhor;
Farto de Cavaco Silva por não ser capaz de dar uma para a caixa;
Farto de vários ministros e vários secretários de estado, que não sabem do que falam, mas não se ralam nada com isso;
Farto do Bloco de Esquerda por se ter esquecido que a revolução inscrita no seu DNA se faz com armas na mão; ou, em alternativa, por querer convencer o eleitorado que nunca quiz que a revolução armada se fizesse;
Farto do Partido Comunista por ainda sonhar com a economia planificada;
Farto da Intersindical por nos querer convencer que este rectângulo junto ao mar pode ter políticas de apoio aos trabalhadores diferentes de todo o mundo; ou, farto da ingenuidade da mesma se esta acredita verdadeiramente que a economia não está globalizada;
Farto de todos aqueles que sonham com um D.Sebastião que nos resolva todos os problemas;
E farto de muitos outros, mas já estou farto de escrever...
quinta-feira, janeiro 21, 2010
Desilusão
Envergonho-me como português: O Governo prepara-se para acabar com as inspecções relacionadas com as novas instalações de gás e de electricidade, sob o pretexto "falacioso" de facilitar tudo o que é licenciamento.
Como é possível???
Como é possível???
quinta-feira, janeiro 07, 2010
Não há pachorra!
85% dos professores estão classificados com um BOM, logo querem todos chegar ao topo da carreira. Já viram o que aconteceria se todos reinvindicássemos algo de semelhante?
85% dos engenhiros, gestores e equiparados seriam directores gerais, 85% dos politicos seriam primeiro-ministros ou presidentes da república. E 85% dos sindicalizados no sindicato dos professores seriam colegas de Mário Nogueira!
Dir-me-ão que são situações diferentes! São sim senhor, na medida em que os lugares de topo são menos em quantidade mas onde a responsabilidade é maior e, descontando casos em que se aplica o principio de Peters, o valor acrescentado pela acção dos profissionais à organização é muito maior.
Agora expliquem-me muito devagarinho para ver se eu percebo: no topo da carreira um professor ensina mesmo melhor física aos meninos que um professor no início da carreira?
85% dos engenhiros, gestores e equiparados seriam directores gerais, 85% dos politicos seriam primeiro-ministros ou presidentes da república. E 85% dos sindicalizados no sindicato dos professores seriam colegas de Mário Nogueira!
Dir-me-ão que são situações diferentes! São sim senhor, na medida em que os lugares de topo são menos em quantidade mas onde a responsabilidade é maior e, descontando casos em que se aplica o principio de Peters, o valor acrescentado pela acção dos profissionais à organização é muito maior.
Agora expliquem-me muito devagarinho para ver se eu percebo: no topo da carreira um professor ensina mesmo melhor física aos meninos que um professor no início da carreira?
segunda-feira, dezembro 14, 2009
Melo Ribeiro vs Medina Carreira
No "Pós e Contra" Melo Ribeiro, administrador da Siemens, diz que os engenheiros que trabalham com ele em Portugal são bons, vindos quer das escolas públicas quer das privadas.
No "Plano Inclinado" Medina Carreira diz que as Escolas portuguesas apenas produzem ignorantes.
No "Prós e Contra" Melo Ribeiro diz que esta é a altura para fazer e não para discutir e que depois das eleições mandaria o bom-senso que todos se unissem em torno do governo, pelo menos nas questões essenciais.
No "Plano Inclinado" Medina Carreira discute até à exaustão qual a melhor forma de não fazer nada porque nada adianta.
Qual a vossa escolha: o optimista que faz coisas, ou o pessimista que não faz, nem deixa fazer?
No "Plano Inclinado" Medina Carreira diz que as Escolas portuguesas apenas produzem ignorantes.
No "Prós e Contra" Melo Ribeiro diz que esta é a altura para fazer e não para discutir e que depois das eleições mandaria o bom-senso que todos se unissem em torno do governo, pelo menos nas questões essenciais.
No "Plano Inclinado" Medina Carreira discute até à exaustão qual a melhor forma de não fazer nada porque nada adianta.
Qual a vossa escolha: o optimista que faz coisas, ou o pessimista que não faz, nem deixa fazer?
Mas que coisa tão estúpida
Não posso estar mais de acordo com isto.
A luta política numa democracia não pode passar pela agressão física.
Além do mais a eficácia é negativa, pois um mártir marca sempre mais pontos que o agressor.
A luta política numa democracia não pode passar pela agressão física.
Além do mais a eficácia é negativa, pois um mártir marca sempre mais pontos que o agressor.
quarta-feira, dezembro 09, 2009
Despudor
Constatei hoje que a cambada de virgens ofendidas que lidera o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público publicou no seu site aquela peça rancorosa de Vasco Graça Moura que insulta o povo português por ter escolhido Sócrates nas últimas legislativas.
Quem se insurge por um qualquer "dá cá aquela palha" constituir uma intolerável intromissão dos políticos na justiça, não sentirá um mínimo desconforto nesta despudorada intromissão da justiça na política?
Não estou perplexo. Estou indignado!
Quem se insurge por um qualquer "dá cá aquela palha" constituir uma intolerável intromissão dos políticos na justiça, não sentirá um mínimo desconforto nesta despudorada intromissão da justiça na política?
Não estou perplexo. Estou indignado!
quarta-feira, dezembro 02, 2009
Um país não é uma empresa
Alguns jovens gestores, amantes da eficácia na acção, olham para o país como se de uma empresa se tratasse e apresentam várias soluções para Portugal. Obviamente esquecem-se de que Potugal não é uma empresa.
Carrapatoso sabe gerir a Vodafone. Mas quando propõe que se apliquem ao país os mesmos conceitos de gestão que aplica na empresa está a ser perigosamente simplista.
É certo que há receitas e custos numa empresa, assim como os há num país. Mas geri-los na empresa é uma coisa no país é outra.
Na empresa, aumentar receitas significa aumentar vendas, aumentando a oferta de produtos e serviços, ganhando mercado à concorrência, fazendo "cross-selling", etc etc. Estas actividades contam com a adesão dos colaboradores da empresa - pelo menos daqueles que se sentem mais motivados.
No país, aumentar receitas significa, aumentar impostos. E os "colaboradores" naturalmente opõem-se! Ferozmente! Com o apoio "patriótico" de todas as oposições!
Reduzir custos na empresa, significa melhorar a eficiência na utilização dos recursos, e em casos extremos, reduzir o efectivo. Se em parte, a gestão pode contar com o apoio dos colaboradores, quando se trata de reduzir o efectivo o caso fia mais fino, mas a eficácia da oposição é limitada, mesmo com os sindicatos a berrarem e os tele-jornais a entrevistarem os colaboradores em risco de perderem os postos de trabalho.
No país, reduzir as despesas do Estado é cortar os célebres "direitos", reduzir apoios sociais, diminuir o número de funcionários públicos, fechar escolas e hospitais, etc. Tudo coisas que os "colaboradores" farão o possível por boicotar. Nalguns casos com razão, noutras não!
Na empresa, a "oposição" não existe organizada, não tem o apoio dos media pouco sérios.
A capacidade de um governo realizar mudanças enfrenta vários constrangimentos que não existem na empresa.
Um pouco mais de humildade não ficaria mal ao jovem gestor.
Carrapatoso sabe gerir a Vodafone. Mas quando propõe que se apliquem ao país os mesmos conceitos de gestão que aplica na empresa está a ser perigosamente simplista.
É certo que há receitas e custos numa empresa, assim como os há num país. Mas geri-los na empresa é uma coisa no país é outra.
Na empresa, aumentar receitas significa aumentar vendas, aumentando a oferta de produtos e serviços, ganhando mercado à concorrência, fazendo "cross-selling", etc etc. Estas actividades contam com a adesão dos colaboradores da empresa - pelo menos daqueles que se sentem mais motivados.
No país, aumentar receitas significa, aumentar impostos. E os "colaboradores" naturalmente opõem-se! Ferozmente! Com o apoio "patriótico" de todas as oposições!
Reduzir custos na empresa, significa melhorar a eficiência na utilização dos recursos, e em casos extremos, reduzir o efectivo. Se em parte, a gestão pode contar com o apoio dos colaboradores, quando se trata de reduzir o efectivo o caso fia mais fino, mas a eficácia da oposição é limitada, mesmo com os sindicatos a berrarem e os tele-jornais a entrevistarem os colaboradores em risco de perderem os postos de trabalho.
No país, reduzir as despesas do Estado é cortar os célebres "direitos", reduzir apoios sociais, diminuir o número de funcionários públicos, fechar escolas e hospitais, etc. Tudo coisas que os "colaboradores" farão o possível por boicotar. Nalguns casos com razão, noutras não!
Na empresa, a "oposição" não existe organizada, não tem o apoio dos media pouco sérios.
A capacidade de um governo realizar mudanças enfrenta vários constrangimentos que não existem na empresa.
Um pouco mais de humildade não ficaria mal ao jovem gestor.
quinta-feira, novembro 26, 2009
Ai não há espionagem política?
Talvez não tenha havido, mas Pacheco Pereira gostava que tivesse havido!
Diz esta luminária: "A mim não me interessam as conversas privadas do primeiro ministro, mas quero saber o que o é que ele disse que eventualmente tenha relevância política!"
Diz esta luminária: "A mim não me interessam as conversas privadas do primeiro ministro, mas quero saber o que o é que ele disse que eventualmente tenha relevância política!"
terça-feira, novembro 24, 2009
sábado, novembro 21, 2009
Atentado ao Estado de Direito
Se escutarem aquilo que qualquer cidadão amante do seu país e do regime democrático, desabafa uma vez por outra, em privado com os amigos, decerto encontrarão muitos atentados ao Estado de Direito.
Não há pachorra para aturar isto!
Nota: Uma vez estou de acordo com Pacheco Pereira: puna-se os media que divulguem segredos de justiça.
Não há pachorra para aturar isto!
Nota: Uma vez estou de acordo com Pacheco Pereira: puna-se os media que divulguem segredos de justiça.
sexta-feira, novembro 20, 2009
Já se sabia...
Pacheco Pereira lamenta que os louros de uma eventual resolução do diferendo entre o Governo e os Professores, contando com uma eventual colaboração do PSD, possam ser creditados apenas ao Governo e ao Partido Socialista.
Isto é: era preferível que não houvesse resolução. Existindo deveria ser inequivocamente imputável ao PSD.
É como quem diz, "estou-me nas tintas para a resolução dos problemas se não podermos capitalizá-la a nosso favor".
Ou: "quanto pior, melhor..."
Ou: "primeiro está o Partido, depois o País!"
Já sabíamos!
Adenda: Parece contraditório, mas não é: Julgo que o que está em marcha é uma vergonhosa cedência ao soviete professoral.
Isto é: era preferível que não houvesse resolução. Existindo deveria ser inequivocamente imputável ao PSD.
É como quem diz, "estou-me nas tintas para a resolução dos problemas se não podermos capitalizá-la a nosso favor".
Ou: "quanto pior, melhor..."
Ou: "primeiro está o Partido, depois o País!"
Já sabíamos!
Adenda: Parece contraditório, mas não é: Julgo que o que está em marcha é uma vergonhosa cedência ao soviete professoral.
quinta-feira, novembro 12, 2009
Santa incoerência
Sobre o caso das escutas, Pacheco Pereira elenca cronológicamente todas as notícias a que um cidadão tem acesso e desvaloriza a ética inerente à sua divulgação a conta gotas e o crime da fuga de segredo de justiça, para relevar a oportunidade da discussão no plano político.
Foi este senhor que, quando o DN pôs a nu a inventona de Belém, disse que o que interessava discutir era a ética da divulgação e tudo o mais irrelevante.
Estamos elucidados sobre a coerência deste senhor.
Foi este senhor que, quando o DN pôs a nu a inventona de Belém, disse que o que interessava discutir era a ética da divulgação e tudo o mais irrelevante.
Estamos elucidados sobre a coerência deste senhor.
terça-feira, outubro 27, 2009
É só isso que tendes para dizer?
A comunicação social fez a apreciação do desempenho dos ministros do anterior governo.
As televisões foram particularmente sintéticas: A Ministra da Educação foi muito contestada por ter querido implementar uma avaliação de desempenho; O Ministro da Economia fez uns cornos em plena Assembleia; O Minisro da Indústria e Obras Públicas disse uma frase célebre: "Em Alcochete jamais".
Se não viram mais nada durante a vigência do Governo que mereça, positiva ou negativamente, ser referido, deviam ter vergonha na cara e devolver o salário que receberam nos últimos quatro anos.
As televisões foram particularmente sintéticas: A Ministra da Educação foi muito contestada por ter querido implementar uma avaliação de desempenho; O Ministro da Economia fez uns cornos em plena Assembleia; O Minisro da Indústria e Obras Públicas disse uma frase célebre: "Em Alcochete jamais".
Se não viram mais nada durante a vigência do Governo que mereça, positiva ou negativamente, ser referido, deviam ter vergonha na cara e devolver o salário que receberam nos últimos quatro anos.
sábado, outubro 17, 2009
O poeta, o filósofo e a contabilista
Quem percebe pouco de contabilidade, sente um compreensível fascínio por quem é capaz de lhe explicar a diferença entre débito e crédito, contas do activo e contas do passivo. Mas, esse fascínio é perigoso, porque fácilmente podemos inferir que o contabilista, em matéria de dinheiros, é detentor da verdade absoluta.
Quando a outra senhora fala de dívida pública, o poeta e o filósofo ficam ofuscados com o brilho de tamanha sapiência e tomam por excelentes todos os seus planos. (Um deles, o poeta, até acha que o povo é burro por não perceber que havia ali tamanha excelência).
Na vida prática, os contabilistas são úteis, mas não se lhes dê a responsabilidade do planeamento estratégico. Como diria alguém, os "contadores de feijões" servem apenas para contar feijões pois têm uma visão muito miudinha da vida, têm medo da própria sombra e são incapazes de projectar uma visão que seja motivadora.
O poeta e o filósofo fariam melhor em estudar contabilidade, pode ser que assim se tornassem mais razoáveis. (Duvido, mas enfim...)
Quando a outra senhora fala de dívida pública, o poeta e o filósofo ficam ofuscados com o brilho de tamanha sapiência e tomam por excelentes todos os seus planos. (Um deles, o poeta, até acha que o povo é burro por não perceber que havia ali tamanha excelência).
Na vida prática, os contabilistas são úteis, mas não se lhes dê a responsabilidade do planeamento estratégico. Como diria alguém, os "contadores de feijões" servem apenas para contar feijões pois têm uma visão muito miudinha da vida, têm medo da própria sombra e são incapazes de projectar uma visão que seja motivadora.
O poeta e o filósofo fariam melhor em estudar contabilidade, pode ser que assim se tornassem mais razoáveis. (Duvido, mas enfim...)
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Vasco Graça Moura
sábado, outubro 03, 2009
Bem vindo Mr Chance
"A comunicação ao país" feita esta semana, recordou-me um filme "Being There" com a Shirley McLaine e Peter Sellers.
Mr. Chance (Peter Sellers) é um jardineiro, culturalmente limitado que debita conceitos apreendidos superficialmente através da televisão. Quando o patrão morre, ele sai de casa e recebe uma boleia de Eve (Shirley McLaine) que julga estar em presença de um intelectual e leva-o para casa, onde se torna conselheiro do marido, uma pessoa politicamente influente. As observações curtas de Chance são percebidas por todos como afirmações muito profundas.
Até um dia em que todos se apercebem que as banalidades que diz são de facto, apenas banalidades.
Não se esforcem os intelectuais em querer perceber na "comunicação" aquilo que lá não está. Estou convicto que se trata apenas de banalidades mal alinhavadas.
Mr. Chance (Peter Sellers) é um jardineiro, culturalmente limitado que debita conceitos apreendidos superficialmente através da televisão. Quando o patrão morre, ele sai de casa e recebe uma boleia de Eve (Shirley McLaine) que julga estar em presença de um intelectual e leva-o para casa, onde se torna conselheiro do marido, uma pessoa politicamente influente. As observações curtas de Chance são percebidas por todos como afirmações muito profundas.
Até um dia em que todos se apercebem que as banalidades que diz são de facto, apenas banalidades.
Não se esforcem os intelectuais em querer perceber na "comunicação" aquilo que lá não está. Estou convicto que se trata apenas de banalidades mal alinhavadas.
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