PERPLEXO

O Zé já não faz falta!

O Bloco de Esquerda, aliás como o PC, não se podem envolver na acção prática. Têm que se manter num limbo onde a pureza das intenções não seja conspurcada pela acção.

Segundo a teoria marxista, a praxis pretende ser uma reflexão e disciplina que visa, em permanência, compatibilizar teoria e prática com vista à transformação social.
Neste caso, penso que podemos dizer que esta negação de querer estar presente na acção, tem, sob o ponto de vista do Bloco, a sua razão de ser, porque "a acção" não está a contribuir para a transformação social. E isso seria um argumento compreensível, na óptica do pensamento marxista.
Mas o que me parece, e é grave, é que, nem o Bloco nem o PC, têm um modelo de sociedade para onde essa transformação social nos deveria conduzir.

Por outras palavras, para estarem contra tudo e permanentemente fazerem exigências sociais impraticáveis não se podem comprometer com nada. A coerência até existe.